Com extrema violência, o Departamento de Polícia Legislativa (DEPOL) prendeu os manifestantes e, em seguida, cercou a sala da Liderança do PSOL, para onde alguns jornalistas, de movimentos sociais que cobriam o ato, se refugiaram com medo.
Os deputados Ivan Valente e Chico Alencar repudiaram a ação do DEPOL e acompanharam os jovens presos, a fim de garantir a integridade física dos mesmos.
Semanas após o maior crime ambiental da história do país, a Vale e a Samarco ainda não foram penalizadas, mas os jovens que fizeram uma intervenção pacífica na Câmara serão enquadrados na lei de crime ambiental por pichação do patrimônio público. Quanta ironia!
Os parlamentares do PSOL, apoiados por deputadas do PCdoB (cuja liderança fica ao lado) exigiram a saída dos cerca de 20 policiais que cercaram a liderança do partido – com o objetivo de prender mais jovens – e denunciaram o absurdo que é a presença policial ostensiva numa liderança partidária.
“Isso é inadmissível. Tanto a truculência da Polícia Legislativa contra os manifestantes, quanto o cerco feito em nossa liderança. A polícia de Cunha não nos intimidará”, afirmou Ivan.
À BBC Brasil, Chico Alencar classificou como “paradoxo” a prisão por crime ambiental de manifestantes que criticavam o derramamento de lama.
“A gente vive na Câmara dos Deputados do Brasil um tempo de inversão absoluta de valores”, diz. “Que paradoxo total é esse? Quem vem se manifestar na casa do povo acaba sendo detido sob acusação de crime ambiental. Mas os responsáveis pelo mar de lama da Samarco e da Vale, que vitimou diretamente 22 pessoas, incluindo os 11 desaparecidos, e os todos os danos ao rio Doce, chegando ao oceano Atlântico, continuam soltos”.
Com informações do mandato deputado Ivan Valente e da BBC Brasil
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