domingo, 17 de setembro de 2017

Afundado em denúncias de corrupção, governo quer votar reforma da Previdência em outubro

Afundado em denúncias de corrupção, governo quer votar reforma da Previdência em outubro
Crédito da foto:Marcos Corrêa/Presidência da República
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, informou, na segunda-feira (11/09), que o governo retomou os debates sobre a reforma da Previdência (PEC 287/2016) e que a intenção é votar a proposta no Congresso Nacional ainda em outubro. A declaração de Meirelles, um dos principais articuladores do ajuste fiscal do governo de Michel Temer, foi publicada em sua conta no Twitter: “As discussões sobre a reforma da Previdência foram retomadas e a expectativa é que seja votada no Congresso em outubro”.
Ainda de acordo com Meirelles, após a votação das mudanças nas regras da aposentadoria, o Palácio do Planalto vai trabalhar na reforma tributária.
Mesmo com esse anúncio, o governo ainda não tem os votos suficientes para votar a PEC 287/2016. Para isso, o Palácio do Planalto e sua base aliada no Congresso Nacional, certamente, farão todas as negociações possíveis, em troca dos votos favoráveis para aprovar as mudanças nas regras da aposentadoria de trabalhadores dos setores público e privado. Como a reforma é uma emenda à Constituição, para ser aprovada são necessários dois turnos de votação nas duas casas, com quórum qualificado.
Durante cerimônia no Palácio do Planalto nesta nesta terça-feira (12), Meirelles disse à imprensa que a intenção do governo é votar o texto inteiro, como foi aprovado na comissão especial da Câmara. A declaração do ministro foi em resposta às sugestões de algumas lideranças da base de apoio de fatiar a proposta e votar os temas polêmicos posteriormente, diante da dificuldade de obter os votos necessários à aprovação da reforma.
“Temos agora uma votação da maior importância, que é a votação da reforma da Previdência, e todos devemos estar com a atenção concentrada nisso, porque será de fato importantíssimo para a economia brasileira neste e nos próximos anos”, afirmou o ministro.
Afundado numa crise política cada vez maior, com novas denúncias de corrupção sendo divulgadas diariamente, o governo deve aproveitar que a Procuradoria-Geral da República ainda não enviou, ao Supremo Tribunal Federal (STF), a segunda denúncia contra Temer, para tentar ampliar sua base de apoio à reforma. A avaliação de setores ligados ao Executivo é que caso Rodrigo Janot encaminhe a segunda denúncia contra o presidente, a Câmara ficará concentrada na análise do processo.
As declarações de Henrique Meirelles, no entanto, demonstram que o governo pretende seguir com a sua política de ajuste fiscal, tentando votar a medida prioritária desde que Temer assumiu o Palácio do Planalto. A aprovação da reforma trabalhista, após diversas manobras lideradas por Rodrigo Maia (DEM-RJ), não foram suficientes para um governo ilegítimo ávido por acabar com os direitos da população brasileira.

Com informações do Psol
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