Marun foi indicado pelo próprio presidente da Comissão, o senador tucano Ataídes Oliveira (TO). O argumento utilizado pelo presidente é que a escolha foi para contemplar a legenda como maior número de membros na Câmara e no Senado. O deputado delegado Francischini (SD-PR) ficou com a sub-relatoria de contratos da JBS. Já o deputado Hugo Leal (PSB-RJ) assumirá a sub-relatoria de assuntos fiscais, previdenciários e agropecuários.
| Crédito da foto:Alex Ferreira/Câmara dos Deputados |
Para o deputado Ivan Valente (PSOL-SP), é estranho que a CPMI tenha sido ativada agora, três meses depois de sua criação, quando se começa a falar em anulação das provas colhidas por Joesley Batista. “Com a relatoria nas mãos de Carlos Marun, podemos esperar uma defesa incondicional de Temer, levando em conta o histórico do deputado folclórico. Marun, fiel escudeiro, não abandonou Cunha nem mesmo depois de sua prisão, e jamais mostrou vergonha ao defender Temer ou a reforma da Previdência”, disse.
O deputado considera, ainda, que a maioria dos parlamentares envolvidos, direta ou indiretamente, prefere o desgaste político do que se arriscar com o avanço das investigações. “A estratégia será mirar nos pontos controversos de Janot e do Ministério Público. Não em nome de maior transparência, e sim para desqualificar as delações de ponta a ponta. Podemos prever que até mesmo os áudios incriminadores de Joesley, como suas conversas com Temer e com Aécio, podem ser contestados por Marun. Por mais que o bom republicanismo peça que a Procuradoria Geral da República e o Ministério Público Federal esclareçam alguns pontos obscuros da Lava Jato, com uma CPI aparelhada a favor de corruptos é enorme o risco de pizza. Não podemos permitir que os erros se somem e que interesses particulares sejam a tônica”.
Durante reunião da CPMI, nesta terça, o líder do PSOL na Câmara, Glauber Braga (RJ), questionou o presidente Ataídes Oliveira sobre o fato de Temer tê-lo chamado, em sua residência oficial, dias antes da retomada dos trabalhos da Comissão. Confira.
Durante reunião da CPMI, nesta terça, o líder do PSOL na Câmara, Glauber Braga (RJ), questionou o presidente Ataídes Oliveira sobre o fato de Temer tê-lo chamado, em sua residência oficial, dias antes da retomada dos trabalhos da Comissão. Confira.
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